Conheça mais uma grande figura do rugby nacional: Bernie Higgins, do SPAC e um dos nomes do finado time de rugby do Palmeiras
O Blog do Rugby chega com mais uma entrevista das "Lendas do SPAC". Chegamos nesta semana com uma grande figura: Bernie Higgins! Além de atuar pelo SPAC e pela seleção juvenil, Bernie foi um dos grandes personagens da curta história do time de rugby do Palmeiras. Mais uma grande entrevista com quem tem muito a nos ensinar!
Ficha Técnica
Nome: Bernie Higgins
Apelido no rugby: Bernie
Nacionalidade: Argentino, Brasileiro
Clubes: Colégio Cardenal-Newman (juvenil, na Argentina), SPAC (décadas de 60 e 70), Círculo Argentino, Guarapiranga, Palmeiras, Boston RFC (Estados Unidos)
Seleções: Brasil Juvenil (64 e 65)
Posição: Centro e Asa
1 - Quando começou a jogar rugby? Quando o rugby entrou na sua vida?
Comecei a jogar rugby com 9 anos de idade, em Buenos Aires, no colégio irlandês Cardenal-Newman.
2 - Poderia nos contar sobre algum momento marcante como jogador de rugby?
Os momentos marcantes foram sempre os terceiros tempos. O rugby atual está perdendo os terceiros tempos, não temos mais os que tínhamos antigamente. No Círculo Argentino (que se dividiu em Alphaville e Nippon, ambos já extintos), tínhamos a tradição de 3 terceiros tempos! O primeiro era no próprio campo, o segundo no bar e o terceiro era na nossa sede, no bairro do Pacaembu! Era uma festa, uma cantoria, ótimos momentos.
No campo, participei dos treinos do SPAC com os Penguins, a seleção de veteranos da Inglaterra. Pela seleção brasileira juvenil, o grande momento foram os tours que fizemos pela Argentina e Uruguai, em 64 e 65. Na Argentina, enfrentamos o Belgrano Athletic, o CASI, o GEBA (Gimnasia y Esgrima de Buenos Aires), o St. George's e o St. Albans.
3 - E sobre o time de rugby da Sociedade Esportiva Palmeiras?
O Palmeiras surgiu do Guarapiranga, clube que ajudei a fundar nos anos 80. Na época, o SPAC tinha poucos adversários, e fundar times novos era uma necessidade. O Palmeiras possui um clube de campo na região da represa de Guarapiranga, muito perto de onde treinávamos. Chegamos a um acordo com o clube, que nos sedia o espaço e o nome, o resto era por nossa conta. Fui jogador e técnico da equipe. O time infelizmente durou pouco tempo, mas eu já não estava mais lá. O rugby do Palmeiras acabou por decisão do clube, depois que os jogadores, após um treino na lama, se jogaram na piscina do clube, sujando tudo. Os dirigentes ficaram furiosos e o time teve que acabar...
Depois disso, retornei ao SPAC, para jogar pelos Highlanders e pelo Over 50s.
4 - Qual a sua visão sobre o presente e o futuro do rugby brasileiro?
O rugby brasileiro vai ter um crescimento excelente. O sevens casa melhor com o estilo brasileiro. Penso que o brasileiro não curte tanto o XV, e o sevens é a modalidade mais adequada para o Brasil. Com o IRB focado nas Olimpíadas, o crescimento do sevens brasileiro vai ser facilitado. O potencial é muito grande, basta ver o time feminino, que é excelente. Tanto o masculino quanto o feminino vão ainda crescer muito.
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