
Como na ficção, é a vida real!
Quem leu o best seller de John Grogan (ou assistiu sua adaptação para as grandes telas) –Marley e Eu, sabe exatamente como o rugby envolve as pessoas que tem o prazer de conhecê-lo e praticá-lo. Aparece na nossa vida de maneira despretensiosa, muitas vezes ao acaso e, em pouco tempo, toma conta dela. Não somos nós que escolhemos o rugby, é ele que nos encontra, nos conquista e nos torna dependente de suas práticas, ensinamentos e experiências.
Um trecho do próprio livro, quando Marley passa a fazer parte da família, traduz de maneira fiel aquilo que acontece com as pessoas que tem a oportunidade de conhecer o rugby: “Dentro de algumas semanas, mal conseguíamos nos lembrar como era a vida antes de nosso novo morador chegar”. Assim é o rugby!
Com o passar do tempo, tudo gira em torno dele: nossos amigos são do rugby. Os colegas de trabalho, namorada(o)s, sócios, compadres, comadres e afilhados, todos fazendo parte de um grupo onde o rugby é o bem comum, o laço que estreita relações, o catalisador de afinidades.
Que outra oportunidade teríamos para conhecer pessoas tão diferentes da gente? Etnias, classes sociais, profissões, tradições, características físicas, humor, modo de pensar, modo de viver… É o rugby nos abrindo portas, dando oportunidades, fazendo-nos crescer como homens, desenvolvendo-nos como indivíduos!
Ele cresce. Exige mais. Dá mais em troca. Bagunça tudo, muda prioridades, faz-nos conhecer pessoas, lugares, culturas diferentes. Possibilita viagens, encontros, conversas, porres, hematomas. Mostra-nos o verdadeiro sentimento de doação, respeito, lealdade. Algo que vemos crescer a cada dia, fortalecido pela união e a busca incessante dos louros do dever cumprido, o treino encerrado, a meta alcançada.
Com o tempo, as atividades vão esmorecendo, a intensidade vai diminuindo. Os joelhos doem, as costas doem, os ombros já não alcançam os lustres para a troca das lâmpadas, os dedos da mão aparecem como a materialização do alfabeto: dedos em formato de “S”, “C”…
As restrições aumentam, o ritmo cai, as partidas exigem mais… O ataque da renovação já passou dos 22 metros e está alcançando nosso in goal. Correm os anos e quarenta minutos já são suficientes para sentirmos a alegria de uma partida completa. Depois, o Terceiro Tempo é nossa partida completa! E o rugby sempre conosco, nosso amigo de fé, nosso fiel escudeiro.
Vão-se os scrums duros, ficam os ensinamentos. Saem os tackles contundentes, mas tudo aquilo que aprendemos e conquistamos na companhia do rugby permanece. As participações em campo diminuem no mesmo compasso em que trabalhamos para que outras pessoas aproveitem a oportunidade que tivemos: conhecer o melhor esporte do mundo!
Assim como o livro, a rugby nos faz pensar na brevidade da vida. Mostra-nos o que realmente importa, quem realmente vale a pena mantermos ao nosso lado durante o caminho rumo ao in goal da nossa existência. E quando finalmente alcançamos a linha e fazemos o try, ele já não importa mais… Importa mesmo é fazer valer a pena o caminho até ele!
Fonte: Rugby Mania
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