Desde Encarnación, Paraguai:
Este blogueiro está com a Seleção Brasileira de Rugby XV, na cidade de Encarnación, ao sul do Paraguai, a mais ou menos 170 km de São Borja (RS). Fizemos nosso primeiro jogo anteontem, contra a União de Rugby do Nordeste (URNE), que reúne jogadores principalmente da cidade e província de Corrientes, na Argentina. O Brasil perdeu por 27 a 17 e hoje enfrentaremos na decisão do 3º e 4º a equipe da União de Rugby de Misiones (URUMI), que foi derrotada pelo Paraguai por 30 a 07.
Enquanto Brasileiros e dentro do nosso País, enxergamos o nosso Rugby de uma maneira, sabemos do franco progresso dos últimos anos e, mais ainda, sabemos das nossas falhas e do trabalho que procuramos fazer para minimizá-las. É diferente de quando estamos fora do País e percebemos como os estrangeiros nos enxergam.
Ontem em uma reunião com dirigentes das outras equipes e da Confederação Sul-Americana de Rugby, ouvi a seguinte frase, após falar sobre os planos do Rugby Brasileiro: “Eles estão bem mais organizados que imaginamos”. Apesar do tom amistoso da frase, o Brasil não pode se deixar levar por declarações desta natureza: há muito mais trabalho pela frente e muito mais difícil. Ademais se impressionam com as condições físicas dos Brasileiros. Só que, mais importante que isso, é trabalhar para criar condições para que haja rotatividade de jogadores nas Seleções Nacionais.
Mesmo que falem muito bem da evolução do Brasil, devemos responder a tudo com o dobro de trabalho. Por mais que as palavras sejam amistosas, somos também ameaça. A camisa amarela no nosso País impressiona, mas é preciso mais e o caminho será longo, difícil e os resultados só virão com o trabalho.
Fonte: Globo Esporte
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