TEMPLÁRIOS RUGBY CLUBE

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16 de fev. de 2011

FALANDO DE RUGBY: MARI

Mari, eleita a melhor jogadora do sevens de Bento Gonçalves, nos deu a honra de uma entrevista. Ela nos contou sobre sua vida como jogadora de rugby, sobre a última conquista brasileira e sobre suas expectativas para o futuro. Confira!

Ficha técnica


Nome: Mariana Barbosa Ramalho
Apelido no rugby: Mari
Idade: 23 (17/08/1987)
Nacionalidade: Brasileira
Clube atual: SPAC
Clubes onde atuou: só SPAC
Seleções que defendeu: Brasil e já joguei pelo Paraguai no Sul-Americano de 2005 realizado em São Paulo (as meninas se machucaram e entrei para completar)
Posição: Centro, Ponta, Pilar, Abertura, Fullback, Asa (em ordem de atuação mais freqüente)


1 - Com quantos anos começou a jogar rugby? Quando o rugby passou a ser parte de sua vida?

Eu comecei a jogar Rugby em Março de 2002, tinha 14 anos, era alta, magrela, cabeçuda e muito tímida! Hahah.. Sempre gostei muito de fazer todo e qualquer esporte, mas o Rugby me encantou! O time SPAC me encantou e até hoje me encanta, me faz feliz! Somos realmente uma família, com elas fiz minhas primeiras viagens, as primeiras baladas, muitas risadas, conversas, companheirismo, amigas para todas as horas, amor pelo esporte e por cada uma, tudo isso contribuiu para que me apaixonasse mais pelo Rugby!



2 - Poderia nos contar algo sobre um momento memorável como jogadora de rugby?
Algum momento memorável? Tem muitos! Já passei por muita coisa boa, já passei por momentos difíceis, tristes, que me fizeram até pensar em parar de jogar, mas teve mais coisas boas que ruins! Lembro de meu primeiro try: minha ex-capitã Alê me passando uma bola na ponta em um jogo em Atibaia contra o Rio Branco Feminino (hoje não existe mais). Lembro de meu primeiro tackle: com a Marcinha do meu lado segundos antes me dizendo ‘Mari! Ela é sua!’ e eu colocando a menina para trás. Lembro de pessoas que acreditaram e ainda acreditam em mim, pessoas que apostaram, me incentivaram! Lembro de chutes convertidos. Lembro de ‘chapeuzinhos’ que deram certo. Lembro de mesmo ofegante, buscar e impedir um try de uma argentina que corria pela ponta em um amistoso entre as seleções. Lembro de conversas antes de jogos importantes que faziam o time inteiro chorar. Lembro de vitórias, derrotas. Lembro de convocações e cortes. Tem muita historia! Muitos momentos que me fizeram crescer, jogar melhor e ser uma pessoa melhor!


3 - Como você avalia o heptacampeonato brasileiro no Sul-Americano?
Eu vejo como mérito de todo um trabalho que é bem maior do que o esforço das jogadoras dentro de campo. O esforço da comissão técnica em buscar novos conhecimentos, formas diferentes de se ensinar, conhecendo as jogadoras em todos os sentidos. O apoio da CBRu, famílias, os times, as pessoas que passaram em todos estes anos de rugby, sem elas não teríamos crescido e aprendido como jogar e como melhorar nosso jogo. O amor de cada uma pelo esporte, o carinho que temos umas pelas outras, independente de qual time veio. O esforço para treinar com seu clube, fazer musculação para estar preparada para fazer testes físicos da seleção. O amor pelo esporte que faz trocar as férias do trabalho para participar de um campeonato ou simples amistoso.
Sermos heptacampeãs é fruto de tudo isso e um pouco mais. Para os jogos no Sul-Americano colocamos em prática o que estávamos treinando desde abril passado (se não me engano), jogar a bola até a ponta, jogo de três, apoio, comunicação e muito físico para agüentar jogar o tempo inteiro com a cabeça leve.



4 – Como foi ser eleita a melhor jogadora do Sul-Americano? Como vem se preparando para as competições?
Aprendi desde pequena, quando participava do Movimento Escoteiro, a sempre “Fazer o meu melhor possível”! Sempre fui muito dedicada, atenta, perfeccionista, e muito competitiva também. Observava aqueles que sempre me inspiraram, grandes jogadoras, cada uma com um potencial bem evidente, as observava, observava a mim mesma: o que fazia errado e como poderia melhorar.
Ser eleita a melhor jogadora do Sul-Americano foi uma surpresa, muitas meninas que estavam jogando me inspiram! Para cada uma eu tenho lembranças muito boas dos jogos, tackles, passes, atitudes! Tive também pessoas que me inspiravam e me davam todo o apoio fora de campo também, me incentivando a jogar melhor! Eu não me vi jogando, eu só joguei, fiz o que achei que tinha que fazer e não sei qual impressão que dava de quem assistia. Eu só tenho a impressão de quem eu vi, por isso eu imaginava que seria outra pessoa a ganhar o prêmio. Fiquei muito feliz!! Foi a realização de um sonho e o reconhecimento de todo um treino!



5 - Qual sua visão sobre o presente e o futuro da seleção feminina?

Acredito que a seleção feminina ainda tem muito a surpreender. Estamos nos preparando cada vez mais, estamos nos dedicando cada vez mais e temos todo o apoio para crescer. Estou muito otimista com nosso futuro, espero sermos reconhecidas como uma das melhores seleções do mundo! Sei que isso não acontece da noite para o dia, é preciso muito treino e dedicação! E com o amor que temos por este esporte sei que isso um dia ainda irá acontecer.






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