O IRB informou à Federação Fijiana de Rugby (FRU) na última semana que pode excluir a sua seleção do Mundial antes mesmo do seu início, devido à disputa de poder entre o regime militar que controla o poder na ilha e a diretoria da federação, que foi obrigada a renunciar pelos mandatários do país. Uma comissão do IRB, que incluirá Bernard Lapasset e mike Miller, respectivamente, presidente e diretor da entidade, irá até a ilha do Pacífico em fevereiro para maiores investigações.
No começo do ano, o comandante Voreqe Bainimarama ordenou que toda a diretoria da FRU renunciasse aos seus cargos, se quisesse receber a quantia de 3 milhões de dólares fijianos (aproximadamente R$2,75 milhões), necessária para que a seleção fijiana pudesse ir ao mundial. Atendendo ao pedido, a diretoria e o presidente da federação, Keni Dakuidreketi, desafeto do regime, se demitiram, e uma nova diretoria, do agrado dos militares, deveria ser formada nas próximas semanas, mas a IRB informou que qualquer medida, incluindo a destituição dos atuais diretores, que indique uma contravenção à constituição da União local, pode interferir no enquadramento da FRU como membro do IRB, e esta poderia acabar por excluir a União de seu quadro. Foi um posicionamento forte pela manutenção do atual corpo diretivo.
Mas a história promete não ser tão simples quanto uma briga entre um ditador e um desafeto. O Conselho da FRU, composto pelas Uniões provinciais da ilha, alega que a atual diretoria da FRU está distorcendo os fatos perante ao IRB, e que "a grande maioria do conselho perdeu a confiança na habilidade dos dirigentes em atender as expectativas de suas filiadas e e do público em promover os interesses do Rugby local em primeiro lugar."
O estopim da crise ocorreu após a confusão em torno da loteria promovida pela União Fijiana para vender ingressos que estavam encalhados, e que poderiam ajudar a seleção fijiana a ir ao mundial. Uma investigação posterior descobriu que a loteria deveria ter levantado terzendo e cinquenta mil dólares fijianos, mas que pouco mais de cento e cinquenta e cinco mil estavam não foram contabilizados.
Essa crise e dependendo das suas consequências, levanta uma questão: em caso de exclusão, quem deverá ir ao Mundial na vaga dos voadores? A seleção de Fiji conseguiu sua vaga automaticamente, pois alcançou as quarta- de-final do último mundial, precisando particiapr das eliminatórias.
Surgem duas possibilidades (não oficiais da IRB): em um mundial composto por vinte equipes, caberia à equipe que ficou na vigésima primeira posição, ou seja, o primeiro da fila a ocupar esssa vaga, que seriam os Teros (Uruguai), derrotados pela Romênia na repescagem, ou ainda, outro representante do mesmo continente de Fiji, que seria a inexpressiva Papua Nova Guiné, massacrada por Tonga nas eliminatórias, e que ocupa apenas a 48º posição no ranking da IRB.
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