
Poli vence San Fran e é campeã da 2a divisão
O Direito Mackenzie foi até o CEPEUSP disposto a manter-se na disputa pelo título paulista universitário, inédito para a equipe, e para isso, precisava da vitória ante os atuais líderes, a FEA USP, que realizava sua última partida pela competição. Do lado FEAno, problemas de sobra com lesões decorrentes do interUSP, fizeram a equipe perder parte do seu poderio ofensivo, mas contou com o retorno improvisado de Gabriel Cenamo, treinador da equipe. Ambas equipes vinham de boas partidas, e esperava-se um duelo muito disputado, mas o que se viu, foi o maior placar da divisão até o momento, a favor dos mackenzistas.
No entanto, o que se viu desde o começo foi o amplo domínio dos visitantes, que desde o começo tomou conta das ações da partida e impôs o seu ritmo intenso sobre o adversário. Não tardou até que os mackenzistas chegassem ao primeiro try. Depois de muita insistência pela esquerda, a defesa da FEA, segurando com garra as investidas adversárias, cedeu, e viu Bruno Souza anotar no pick and go. Pouco tempo depois, após grande roubada de bola de Marcos Correa pelo alto, o mesmo jogador fez uma bela infiltração pelos centros e levou a equipe novamente até os 5m finais, pelo lado direito do campo e acabou por anotar o seu segundo try.
Os futuros advogados apresentaram o mesmo volume de jogo consistente das partidas anteriores e chegaram ao terceiro try com Luiz "Cabelo" Ricca após nova investida dos forwards. Marcelo Melissopoulos, acetou a conversão rente à linha lateral. Marcos e Ricca ampliaram para o Direito Mackenzie, sem ver uma reação consistente da FEA, que não mostrou o padrão de jogo das partidas anteriores e não teve uma chance clara de colocar pontos no placar. Antes do final do primeiro tempo, José Cardoso, anotou seu try tambem pelo lado esquerdo do campo, o preferido dos mackenzistas ao longo da etapa. O pilar foi muito ágil ao se livrar da marcação e dentro dos 5m, apoiar no ingoal, fechando o placar do primeiro tempo em 36 a zero para os visitantes.
No segundo tempo, a FEA voltou melhor, e conseguiu articular jogadas com a linha, centralizando em Gabó as principais iniciativas do time. Os ataques, sem muito impacto, pararam na forte defesa adversária, mas serviram de alerta para que o Direito acordasse e imprimisse o mesmo ritmo da etapa anterior. Apesar de não conseguir manter a mesma intensidade, os mackenzistas passaram a administrar o resultado, mas sempre levando perigo. Passados mais de quinze minutos, a equipe anotou mais duas vezes, com Otávio Mussolini.
Bruno Ferreira, que já fazia grande partida, fez um grande try, ao passar por três defensores adversários, saindo da intermediária e parando somente no ingoal. Marcos Correa também deixou sua marca novamente, em outra jogada de velocidade. O jogador, atuando de fullback na partida, recebeu bola no lado esquerdo do campo e com espaço, conseguiu correr pela lateral, se livrando de marcadores um por vez, com uma sequência fulminante de sidesteps, que só parou no ingoal. O Direito soube controlar as últimas investidas da FEA, que incluíram um drop goal mal sucedido, e em nova subida pela direita, deram números finais à partida, novamente com Otávio, o nome da segunda etapa.
Ao longo da segunda etapa, foi possível notar alguns desentendimentos entre os jogadores, e por pouco não descambou para as agressões mais graves entre os jogadores.
Placar final: FEA 00 X 66 Direito Mackenzie
O Blog do Rugby elege Bruno Ferreira Souza como melhor jogador da partida. O segunda linha mackenzista foi fulminante, com dois tries e levando muito perigo no ataque, além de ter realizado grandes tackles.
Poli vence San Fran em jogo dramático e soma mais um título no ano
A Poli USP enfrentou a San Fran na casa do adversário para tentar coroar um semestre perfeito. Campeão de todos os torneios em que participou em 2011, só faltava a disputa contra os futuros advogados para conquistar o direito a disputar o acesso à elite universitária, e a vitória veio nos minutos finais, em uma partida muito disputada em que qualquer equipe que saísse com a vitória seria merecedora do título.
A San Fran, em segundo lugar na tabela, precisava da vitória à qualquer custo, e não perdeu tempo em buscar a vitória. Aos cinco minutos, uma boa troca de passes pela esquerda do campo de ataque conseguiu furar o bloqueio da Poli, mas já pressionado, ao apoiar a bola no ingoal, pisou fora do campo, para sorte dos politécnicos. Na sequência, tiveram a chance de abrir o placar novamente, em um penal que não convertido, passando à esquerda dos paus.
A partida seguiu muito disputada na região intermediária do campo, e a Poli chegou pela primeira vez pouco depois, após uma boa roubada de bola de Leonardo Lellis, aproveitando falha de recepção do fullback, e colocou os engenheiros dentro dos 22m, mas muito nervosos em campo, não souberam trabalhar a bola e definir a jogada. Insistindo pela jogada entre os forwards, encontraram forte oposição adversária e não tiveram sucesso em pontuar. O capitão Marcel Chaim ainda tentou um drop goal, mas a bola passou longe. A San Fran voltou a atacar e quase anotou novamente, em um bom avanço no maul, após ganhar a bola no lineout perto dos 5m, mas a defesa adversária conseguiu conter o ataque e afastar o perigo. Não tardou até que a San Fran pusesse os primeiros pontos no placar, se aproveitando dos penais cedidos pelo adversário. Fernando Rossi anotou um penal e minutos depois, a equipe quase ampliou, em uma grande corrida do seu habilidoso centro, que furou a defesa adversária novamente e colocou a equipe a cinco metros do ingoal, mas um knock on colocou o ataque à perder.
Os franciscanos ampliaram a vantagem com um try de Danilo Flausino, após forçar o erro do adversário na saída de bola do scrum, o ponto forte da equipe ao longo do dia, que arrastou o adversário perto do ingoal. Rossi converteu. Sem conseguir atravessar a defesa adversária, a Poli diminuiu no final do primeiro tempo, com um penal de frente para os paus, encerrando a etapa em 10 a 3 para o time da casa. Ao longo do primeiro tempo e como serie verificado em toda a partida, houve uma clara superioridade da San Fran no scum, enquanto que a Poli foi soberana nos lineouts e nos rucks, sempre cehgando rapidamente no apoio.
A Poli encostou de vez logo nos primeiros minutos do segundo tempo, com mais um penal de Chaim, deixando a diferença em apenas quatro pontos. Com a cabeça no lugar, logo assumiu a vantagem no placar após uma grande interceptação de Carlos "Peru" Gonzales, que anteviu a jogada da linha franciscana e correu da linha de 10m do campo defensivo até o ingoal, sem oposição. O habilidoso jogador, aos poucos retomando a rotina de treinos, atuou como fullback, mas sua grande visão de jogo e agilidade, face uma linha adversária mais previsível, poderiam ter sido melhor aproveitadas no centro. Chaim converteu e abriu três pontos de vantagem para a Poli.
A San Fran não se entregou, e após desperdiçar um penal, passou novamente à liderança, insistindo no pick and gopara pontuar novamente com Flausino. A Poli não mostrou o mesmo ímpeto em garantirr os rucks que havia sido sua marca na etapa inicial, e atrás no placar, deixou a San Fran manter mais posse de bola, crucial à medida que a partida caminhava para o seu final. A linha politécnica se mostrava um pouco passiva, sem receber bolas em velocidade e também facilitou o trabalho defensivo do adversário. No entanto, em uma jogada que começou despretensiosa, saiu o try do título. Após garantir a posse de bola em um ruck pela direita, a bola chegou até Pedro "Gonzo" Mantovani, que acionou Marcelo "Tate" Orefice já na lateral esquerda, e este, sob forte marcação, conseguiu um grande passe de volta para Pedro, que livre, encarou sozinho a marcação dupla e já derrubado a poucos metros do ingoal, conseguiu juntar forças para fazer o try de sua equipe. Com a conversão, a diferença voltou ao patamar de três pontos, e somente um try poderia dar o título ao time da casa.
Com menos de cinco minutos por jogar, a San Fran desperdiçou um penal do meio do campo e um drop goal depois da linha intermediária, mas a estratégia da equipe, que foi superior nos scrum durante toda a partida, devia ter se centrado nessa formação. Com o fim do jogo, os jogadores da Poli comemoraram mais um título, enquanto do lado rubro negro, o desânimo era geral, pela grande chance de retornar à elite universitária em 2012.
Fonte: Blog do Rugby
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