TEMPLÁRIOS RUGBY CLUBE

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1 de mar. de 2011

ANÁLISE DO CURITIBA SEVENS

Veja todos os detalhes do campeonato.

Neste fim de semana terminou mais uma edição do Circuito Brasileiro de Sevens, com a etapa de Curitiba, sediada pela equipe que leva o nome da capital. Apesar do número reduzido de equipes em relação às demais etapas (salvo o feminino, com 10 times no total) e do formato reduzido, foi uma grande oportunidade para ver como as equipes estarão para as competições de XV, que se iniciam no mês de março pelo Brasil. O Blog do Rugby esteve na cidade para conferir como foi a competição e trazer todos os detalhes para quem não conseguiu comparecer à bela estrutura montada pelos organizadores.

Adulto Masculino – Taça Dado Gouvea

O São José chegou à etapa com vantagem de oito pontos sobre o Desterro, segundo colocado na tabela, e com apenas seis times na disputa pela Taça Dado Gouvea, ficou em uma posição mais cômoda para garantir o título dessa edição. A equipe do interior paulista, já contando com seu novo reforço português, o jogador Hugo Valente, da seleção portuguesa de Sevens, pegou um grupo teoricamente mais fácil, com Urutu e SPAC, e passou com duas vitórias sem sustos por trinta e dois e trinta e oito a zero respectivamente. A surpresa do grupo foi o empate em sete pontos, em uma batalha duríssima, entre as equipes remanescentes, e que acabou classificando o Urutu para a semifinal, deixando o tradicional SPAC - que atuou sem dois de seus destaques João Neto e Felipe Claro (Alemão) – na última colocação.

No grupo B, Desterro e Bandeirantes se mostraram superiores ao Rio Branco e lutaram para fugir do confronto contra o São José antes da final. Melhor sorte para os catarinenses do Desterro, que mais uma vez mostraram um jogo muito consistente e veloz para bater os paulistanos por dezenove a cinco, e terminar em primeiro no grupo. O Bandeirantes ganhou reforço extra para a etapa, com o novo técnico da equipe, e ex-jogador do Bandeirantes, Keith Young, sul-africano que atuou pela equipe alguns anos atrás, acompanhando a equipe, mas mesmo assim não foram páreo para as grandes atuações de Marco Cervi (Grampola), João da Ros e companhia, que no final seriam os únicos a conseguir alcançar o ingoal adversário.

Na fase final, o São José venceu o Bandeirantes com propriedade aplicando um vinte e seis a zero incontestável, apesar da luta bandeirantina para buscar um resultado melhor, enquanto que o Desterro passou pelo Urutu, e assim reeditou-se a final do SPAC Sevens, vencida pelo time do interior paulista. Apesar de não possuir jogadores na seleção nacional de Sevens, (apenas João Luiz da Ros, que foi cortado da equipe final), mais uma vez o Desterro mostrou um conjunto impecável, combinando a experiência de jogadores como João, Trash, Dread e a juventude e velocidade de Bruxinho e Grampola, grandes nomes do futuro próximo do Rugby brasileiro, que hoje, são a única equipe a fazer frente à todas as estrelas joseenses, e foi a única equipe a fazer um try nos campeões, no placar de quinze a cinco para os novamente campeões São José.

Adulto Feminino

Com o título virtualmente garantido (bastava às meninas não dar WO para sagrarem-se campeãs), o SPAC esbanjou seriedade e levou mais uma etapa, fazendo o Grand Slam do Rugby brasileiro, vencendo todas as etapas do Circuito. Alguns rostos novos integraram a equipe, e que não decepcionaram e levaram a equipe dos ingleses a mais um título invicto. Para variar não faltou emoção no feminino, com destaque para as partidas entre Charrua e Desterro, que empataram em cinco pontos, e para a vitória do SPAC sobre as bandetes por dez a cinco já no triangular final, em uma mostra de superação incrível da equipe do Bandeirantes, que não deixou de acreditar na vitória até o fim.

Na fase de classificação, as equipes foram divididas em três grupos para definir que disputaria o título da etapa. No grupo do SPAC, mesmo a crescente força da equipe feminina do São José foi páreo para segurar as campeãs, que passou com vitória por dezessete a zero, e ambos passaram sem dificuldades pela equipe feminina do BH rugby, que, com bravura, participou de mais uma etapa do Circuito Brasileiro. O Bandeirantes enfrentou em sua chave o Niterói, as meninas do Goiânia, em sua segunda participação em uma etapa do Circuito Brasileiro de Sevens (a primeira havia sido na etapa do SPAC, em dezembro do ano passado), e ainda SPAC Lions. As duas primeiras equipes se encontram alguns degraus acima do Goiânia e Lions, e travaram uma das melhores partidas do torneio, valendo a classificação para o triangular final da Taça Ouro, onde prevaleceu a força do Bandeirantes com destaque para Juliana Esteves e Manuela, muito bem em campo, para sair com a vitória por apenas cinco a zero. Goiânia e SPAC Lions também disputaram minuto a minuto a vitória, e mais experientes, o Lions venceu por apenas um try de vantagem.

Mais difícil foi o caminho do Desterro. Vice líderes na competição, a equipe encarou a USP e o Charrua, equipe que disputou pela primeira de todas as etapas do Circuito nesse ano, e que sempre apresentou grandes dificuldades para as equipes mais experientes do circuito. Contra as gaúchas, um empate de cinco a cinco que não deixou dúvidas sobre a capacidade do Charrua e que cada vez mais serão protagonistas dos campeonatos que se seguirem, capitaneadas pela valente Lúcia, síntese do espírito guerreiro da equipe.

O empate deixou em maus lençóis a jovem equipe da USP, pois, para chegar à final, ambas equipes deveriam marcar o maior número de tries (primeiro critério de desempate) possível. Dito e feito, o Desterro, abusou da velocidade de Júlia Sardá, Maíra e demais jogadoras, para marcar os seus tries, fechando o placar em cinqüenta a zero. Uma polêmica veio à tona na partida: por ser de certa forma irrelevante, as meninas do Desterro abdicaram das conversões, o que é proibido, e foram advertidas pela arbitragem após o quarto try. Sendo assim, passaram a dar chutes de menos de um metro de distância apenas para levar a bola ao ponto de início novamente. Foi notória a desaprovação do técnico das meninas, o Trash, que jogou pelo Desterro masculino. As meninas do Charrua por sua vez fizeram cinqüenta e cinco a zero, porém sempre buscando as conversões e, apesar da maior pontuação, fez um try a menos que as meninas (10 a 9 na contagem de tries) e foram para a disputa da Taça Prata. A controversa decisão do Desterro funcionou, para desespero das meninas do Charrua, que em sua maioria, julgavam ter se classificado para a Taça Ouro.

No último dia, a disputa começou pela Taça Bronze, e o Goiânia fez valer a viagem e conquistou vitórias sobre o BH Rugby e USP, para garantir o título. Na Taça Prata, as meninas do Charrua encerraram sua primeira participação no circuito Brasileiro de Rugby Sevens com o título, e para isso, bateram o são José, e nada mais nada menos que o Niterói, um dos grandes nomes do Rugby brasileiro, com o mesmo Rugby aguerrido e o repertório de tackles que mostrou nas demais etapas do circuito. As próximas participações do Charrua serão cercardas de expectativas sobre até onde essas meninas podem chegar. Quem viu de perto sabe que o potencial é grande.

Na fase final Ouro, o SPAC sofreu para segurar a vantagem contra o Bandeirantes, em mais uma bela apresentação de Juliana Esteves, mas a vitória foi o passo mais duro para assegurar a quarta vitória no Circuito 2010/2011. Em outro duelo memorável, como está virando costume aliás, o Bandeirantes venceu o Desterro por cinco a zero e garantiu o vice campeonato da etapa. A última partida do dia no feminino foi entre SPAC e Desterro, e mesmo com força total, o Desterro não conseguiu segurar as SPACianas rumo a mais um título.

Junior - Masculino

O grande destaque da etapa de Curitiba foi a presença de uma equipe novata. O pessoal do Costão Norte (que, de acordo com o que foi apurado pelo Blog do Rugby, continha também diversos jogadores do Joaca, outra equipe catarinense) compareceu e fez bonito em um grupo muito difícil. Enfrentou o Curitiba e o Bandeirantes, e se não foi páreo para os anfitriões, deu sufoco nos paulistanos, ao sair na frente da tradicional equipe e terminar a partida com derrota por apenas uma conversão de diferença. Uma equipe a ser conferida de perto nas próximas edições, se participar.

O Desterro, outra equipe inexperiente nessa categoria venceu os conterrâneos, mas não ameaçou o poderio das equipes favoritas do grupo. Na outra chave, o melhor duelo ficou por conta da sempre emocionante disputa entre Jacareí e São José, que terminou com vitória dos joseenses, enquanto que ambos superaram o SPAC sem maiores dificuldades.

Na decisão Bronze, o SPAC conseguiu vencer o Desterro, por apenas cinco a zero, mas apesar do placar reduzido, as maiores emoções foram reservadas para as semifinais da Taça Ouro. O São José repetiu as boas atuações ao longo do ano e superou com muito custo o Bandeirantes, a quem já havia derrotado na etapa paulista do Circuito, enquanto que o Curitiba, novamente travou um duelo muito equilibrado com o Jacareí, para vencer por apenas 10 a zero.

Na decisão Prata, o Bandeirantes devolveu a derrota para o Jacareí em Florianópolis e levou a Taça. Os resultados levaram à final que todos epseravam. Curitiba e São José se enfrentariam pelo título, e a torcida local pôde comerorar seu primeiro tírulo do fim de semana, com uma vitória segura contra o São José. Pedro Lopes, centro joseense que está fazendo estágio na equipe de Rugby de Grenoble fez falta à equipe, mas nada que pudesse evitar o triunfo mais que merecido de uma equipe que só subiu de produção conforme as etapas se seguiram ao longo do ano.

Adulto Masculino - Taça Open

Antes mesmo do início da competição, um problema para os organizadores. A equipe dos Desterrados não poderia mais participar, e a equipe do Goitaka encontrou problemas durante a viagem e teve seu plano de disputar a etapa, frustrado. Assim o Curitiba ficou apenas com o Recife como adversário, enquanto que o Costão Norte foi remanejado para o grupo B, junto com o Goiânia e Tackle Mídias.

O Curitiba conseguiu superar o Recife e se garantiu no Ouro. O Costão Norte mostrou grande conjunto para superar os locais da Tackle Mídias, com seu time de veteranos de diversas equipes, como Léo Frota (de volta a São José, mas que jogou pelo Curitiba até 2010) e Uary Gondim, do Charrua. De quebra, venceram ainda o Goiânia e garantiram lugar na disputa Ouro, enquanto que o Goiânia terminou na Bronze, após derrota para a Tackle Mídias por apertado placar de dez a cinco.

No grupo C, a desconhecida equipe do Joinville, reforçada com três jogadores do Jacareí, dominou taticamente a equipe da Engenharia Mackenzie e passou com pouco mais de tranqüilidade pela nova equipe universitária do Brasil, o Urutau, da UFPR para se garantir na elite. No único duelo universitário da competição já de noite, o Mackenzie venceu o Urutau em uma disputa muito dura e equilibrada, para garantir uma vaga na Taça Prata.

Pela Taça Bronze, o Goiânia repetiu o feito de suas conterrâneas e levou a disputa contra o Urutau, uma equipe muito promissora, e que tem um plantel que deverá realziar bons jogos no futuro, principalmente no formato de quinze jogadores. Já na Taça Prata, a Engenharia Mackenzie, outra equipe universitária conhecida pelo jogo de forwards não foi páreo para a velocidade e rápida troca de passes dos Tubarões de Recife, capitaneados por Marcelo Blanco, e terminou em último. Coube à equipe do Tackle Mídias, que já havia vencido os engenheiros anteriormente, abusou da experiência de seus bons jogadores para vencer com alguma tranquilidade e deixar mais uma taça em casa.

No triangular final, a equipe do Joinville não foi páreo para a experiência do Curitiba, e foi derrotada, apesar do bom nível técnico demonstrado. Contra o Costão Norte, uma equipe mais acostumada aos grandes desafios do Seven a side pelo país, a supresa da competição chegou muito perto de garantir o vice, mas perdeu por apenas cinco pontos. A final foi então entre Costão Norte e Curitiba, o time da casa completou a festa local ao garantir o terceiro título do dia para uma equipe do estado, ao vencer a final Ouro da Taça Open por sete a zero.

Foram dois dia de muito Rugby na bela capital paranaense. A organização, impecável, está de parabéns pela estrutura que montou, e os planos para 2012 já começaram, com muitas melhorias, o que só promete deixar a competição mais atrativa para equipes de todos o Brasil e do exterior comparecer. O único ponto de atençao aos organizadores foi em relação à festa de sábado. No Rugby, um terceiro tempo é essencial, mas a festa promovida pela organização, em uma grande casa noturna da cidade, não ofereceu a integração das equipes que convém a qualquer confraternização do Rugby. Poucas equipes compareceram, e muitas equipes preferiram fazer programas isoladas, ou, devido o mesmo ocorrer no sábado, não fazer nada, em nome da disputa. Nada que tire o brilhantismo da etapa.






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