TEMPLÁRIOS RUGBY CLUBE

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3 de fev. de 2011

FALANDO DE RUGBY: DIEGO LOPEZ

Às vésperas do Sul-Americano de Sevens, o Blog do Rugby entrevistou um dos personagens da seleção brasileira masculina, Diego Lopez, o Diegão! Prepare-se para torcer no Sul-Americano sabendo do que se passa dentro da nossa seleção!

Ficha técnica

Nome: Diego Lopez

Apelido no rugby: Diegão

Idade: 23

Nacionalidade: Brasileiro

Clube atual: Pasteur A C

Clubes onde atuou: Pasteur A C , Stade Toulousain (Fr)

Seleções que defendeu: Seleções Brasileiras Juvenis de 2003, 2004, 2005 e 2006,disputando Sulamericanos da categoria e Eliminatorias para o Mundial Juvenil em 2004, Seleção Paulista juvenil de 2006, Seleçao Adulta de Xv desde 2007 e Seleção de 7´s desde 2008 até atualmente

Posição: 3ª Linha no XV e Pilar no 7´s

1 - Com quantos anos começou a jogar rugby? Quando o rugby passou a ser parte de sua vida?

Comecei a praticar Rugby aos 15 anos dentro da minha escola, o Liceu Pasteur. Sempre fui apaixonado por esportes, mais sabia desde a 1ª clínica que frequentei em novembro de 2002, que havia encontrado meu lugar. Desde então o rugby passou a ser não só parte integrante da minha vida, como também prioridade nas minhas escolhas tomadas desde a época, onde muitas vezes abri mão de provas e vestibulares para defender nossa seleção juvenil em Sulamericanos. Hoje em dia não é diferente, acabo de me formar na faculdade de marketing pela Universidade de São Paulo e tomei a decisão de me dedicar integralmente ao rugby, acredito muito no futuro do esporte no país e sei que a perspectiva para os próximos anos até as Olimpíadas são ótimas.Esse é o momento.

2 - Como se prepara para cada partida?

Desde moleque fui desenvolvendo algo que eu chamo de consciência corporal, que nada mais é do que o conhecimento do seu corpo como uma máquina e de como ele responde em todos os estímulos que você da a ele, desde treino, alimentação, descanso entre outros. Por tentativa e erro descobri que nada mais importante do que a disciplina no que você se propõe a fazer e a dedicação em cada treino, seja físico/técnico ou mental para a preparação de um jogo.

Hoje prezo muito chegar bem preparado e confiante nos jogos. Acordar na manhã de uma competição importante, e ter a certeza de que tudo que você se propôs a fazer foi feito dando seu melhor e da melhor maneira possível é fundamental. Ajuda a controlar a ansiedade de jogos importantes e a atingir um nível de concentração ideal para um bom desempenho.

3 - Poderia nos contar algo sobre um momento memorável como jogador de rugby?

Acho que fui muito feliz até aqui em emoções e momentos memoráveis na minha carreira como atleta. Não tive muitas conquistas marcantes como juvenil, porém desde meu 1º ano como jogador adulto, quando tive a oportunidade de jogar no M21 de um dos melhores clubes da Europa (Stade Toulousain), passei por vários momentos importantes.

A geração adulta que faço parte é privilegiada de feitos excepcionais para nosso rugby brasileiro, o maior destaque foi a vitória contra o Paraguay, no Sulamericano XV de 2008, quando quebramos um jejum de 19 anos sem triunfos sobre os jacarés, no que chamamos de a batalha de assunção, e assim a volta do Brasil aos Sulamericanos A.

Outro trunfo importante foi a 1ª vitoria da historia sobre a seleção Uruguaia no Seven da República de 2009.

Para finalizar a recém conquista do Troféu da Taça de Prata do Seven internacional, que foi somente o 2º troféu trazido para casa por uma Seleção Brasileira de 7´s em um torneio internacional , sendo que o 1º havia sido uma Taça Bronze no Seven da República de 1999.

Todos esses momentos foram marcados por um sentimento único de triunfo e alegria.

Diego com a Taça de Prata do Pinamar Sevens 2011

4 – Como você avalia o desempenho brasileiro no Punta Sevens 2011 e em Pinamar? Quais as expectativas para o Sul-Americano?

Creio que nossa preparação para esse Sulamericano foi sem duvidas a melhor que tivemos nos últimos anos e por isso acho bom analisa-lo como um todo.

Tudo começou na verdade no Seven da República em dezembro, aonde vimos que se encaixássemos nosso sistema de jogo poderíamos fazer frentes as principais equipes argentinas, como Foi com o selecionado de Tucuman, e os demais jogos daquele Seven.

Já em Punta, com os conceitos já amadurecidos na cabeça dos jogadores e da comissão, pudemos comprovar que efetivamente poderíamos ter grandes resultados dentro de um campeonato com um nível daquele. Nosso 3º lugar obtido nos deixou confiante e mostrou qual era o caminho a ser percorrido para ter êxito em jogos daquele nível.

Pinamar foi o que faltava para fechar com chave de ouro. Já havíamos visto o que deveríamos fazer, havíamos visto que faze-lo dava certo e Pinamar foi crucial para ver o outro lado da moeda, o que não poderíamos fazer se quiséssemos triunfar. O saldo mais positivo da viagem foi a volta por cima e a superação do grupo, apesar de derrotas e jogos duríssimos nos reerguermos e com inteligência e garra fomos buscar o nosso melhor e saímos de lá com a Taça de Prata.

As expectativas do Sulamericano são condizentes com nossa preparação. O grupo esta confiante e unido, sabemos o caminho sabemos o quanto doamos, agora é cabeça, coração e tranquilidade. Tenho certeza que será um ótimo torneio aonde mostraremos nosso melhor.

5 - Qual sua visão sobre o presente e o futuro das seleções brasileiras?

Com certeza vivemos um momento único de nosso esporte, com o Panamericano e os Jogos Olímpicos em nosso caminho e Graças a uma nova organização de nossa Confederação, o esforço de profissionais para trazer grandes empresas para o nosso meio, e o pioneirismo de grandes marcas como a Topper e o Bradesco, finalmente nossas seleções usufruem de uma estrutura melhor e mais adequada para treinar, além de uma verba para preparações e viagem cada vez maior.

Isso é algo, que na minha visão tende a melhorar cada vez mais daqui para frente. Com certeza esses pontos são chaves e vão refletir em nossos resultados dentro de campo em todas as seleções. Tanto para as seleções masculina e feminina, quanto para nossos meninos e o trabalho de base, que eu acredito ser um trabalho mais árduo e de longo prazo, mais que com certeza se beneficiara da projeção do nosso rugby nacional nos próximos anos.

Temos tarefas árduas e que não serão fáceis. No Xv temos um trabalho muito duro com nossa seleção adulta, para diminuir os 30 anos que nos separam das nações de mais tradições da America do Sul como Uruguai Chile e Argentina, obtivemos melhoras significantes nos últimos anos e esse gap esta cada vez menor, mas precisamos melhorar ainda mais para lutar de igual para igual.

No Seven creio que é aonde mais temos condições de jogar de igual para igual com as potencias, acredito muito no trabalho que estamos fazendo, daqui a alguns poucos anos creio que poderemos estar disputando um Seven Series ou algo perto disso, frente as principais potencias mundiais.

Sobre o grupo feminino, temos muita qualidade e um trabalho muito superior ás nossas vizinhas, porém o próximo degrau a ser subido, que é de enfrentar as nações de tradição no feminino de igual para igual irá requerer muito trabalho não só com o grupo atual mais também com a base feminina, que atualmente carece um pouco deste tipo de trabalho, o maior gap nessa modalidade sem duvida é a parte física.


Pela seleção brasileira, contra a Argentina - Sul-Americano de 2010. Foto: Rafael Silva

Para finalizar gostaria de agradecer a todos que vem apoiando nossas seleção nesse processo de preparação e aproveito também para pedir que todos que puderem que compareçam a Bento Gonçalvez e aos que tem impossibilidade que assitam as transmissões ao vivo pela SporTv , vamos apoiar nosso país nesse desafio.

Aproveito o espaço para divulgar meu twitter @diegolopezrugby aonde estarei postando informações do torneio e os bastidores de nossa concentração e preparação para essa competição importantíssima que vale vaga para o Panamericano 2011.

Um abraço a todos


Try de ouro da vitória do Pasteur sobre São José. Foto: Rafael Silva







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