TEMPLÁRIOS RUGBY CLUBE

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11 de jan. de 2011

FALANDO DE RUGBY - ESPECIAL "LENDAS DO SPAC": TIM BAINES

O Blog do Rugby aproveitou o último SPAC Sevens para preparar uma série especial de entrevistas para o "Falando de Rugby". Tivemos a honra de entrevistar no dia 11 de dezembro, enquanto cobríamos o torneio in loco, três personagens ilustres da história do São Paulo Athletic Club: Tim Baines, Andy Hunt e Bernie Higgins. A partir de hoje, você poderá conferir o nosso bate-papo com os três, a começar com Tim Baines. São grandes histórias especialmente contadas para os leitores do Blog do Rugby!

BdR - Tim, poderia nos contar spbre sua experiência de jogar contra Gareth Edwards?

Tim - Foi em 1970 ou 1971. Aos 15 anos de idade, joguei pela equipe da minha escola, a Mount Saint Mary's School. De lá fui para Somerset, e joguei pela Millfield School. Como era perto do País de Gales, jogávamos contra os galeses com frequência.No jogo de final de ano, a equipe principal da Millfield School enfrentou os Old Boys (veteranos) da escola, e eu joguei de centro. Entre esses veteranos estavam jogadores da seleção do País de Gales: Gareth Edwards (que era muito rápido), JPR Williams e John Davies! O jogo foi sensacional, e o terceiro tempo melhor ainda! Edwards e Williams eram muito humildes, com o verdadeiro Spirit of Rugby.

BdR - E sobre o jogo do SPAC contra os Penguins, a equipe de veteranos da seleção inglesa?

Tim - Foram 2 jogos. O primeiro foi em 1981. Na época, o rugby era amador, e os jogadores dos Penguins treinavam conosco no SPAC, ficavam nas nossas casas, tomavam cerveja com o pessoal, era um verdadeiro intercâmbio familiar. No jogo, eu marquei Nicholas Preston, grande jogador da seleção e do Richmond FC, mas o mais marcante foi o terceiro tempo. Bebia-se, cantava-se, brincava-se, era uma grande confraternização com o verdadeiro espírito do rugby.

O segundo jogo foi bem diferente. A equipe que veio ao Brasil anos depois já não tinha mais o mesmo espírito amador do rugby. Eles não bebiam e não confraternizam muito conosco. No campo, o primeiro tempo terminou em 0 x 0! Joguei ao lado de Bernie Higgins, Andy Hunt, Bob Smith e outros grandes nomes do SPAC.

O bom dos jogos internacionais pelo SPAC era conhecer os jogos de fora e confraternizar, sempre de forma sadia e legal.

BdR -E as partidas pelo Sul-Americano? Como eram?

Tim - Joguei o Sul-Americano de 1975, no Paraguai, e de 1977, em Tucumán, na Argentina. Em 1975, dei o passe do try da vitória sobre o Paraguai, por 19 x 6! O jogo contra os Pumas, como era a tradição, foi o último. Tive a oportunidade de entrentar Hugo Porta. Naquele ano, o nosso fullback Paul Bishop foi considerado o melhor jogador do torneio, aos 18 anos de idade!

Para os jogos, todos saíam de gravata e uniforme. O Brasil usava bege e marrom, e a gravata tinha o logo da ABR. Sempre havia troca de flâmulas antes das partidas.

Em 1977, a Argentina passava por um momento muito difícil. O regime militar proibia várias coisas. Não era possível sair de bermuda do hotel, batucar, tudo era controlado. Éramos escoltados pela polícia e pelo exército até o local dos jogos. O bom é que todos os times ficavam no mesmo hotel, e tinhamos transporte garantido. A confraternização entre os times era muito boa, uma zoeira só. Até molhamos os argentinos com água! Eram sempre 3 jogadores em cada quarto, por motivos de auto-proteção! Depois de cada jogo, havia uma recepção para o terceiro tempo. Sempre excelentes! Uma cantoria só!








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